Observatório da Imprensa - TV APARECIDA

Assuntos religiosos são muitos delicados de se discutir,pois cada um tem o direito de pensar e/ou crer no que quiser.A lei no Brasil determina que não podem existir emissoras (de rádio e TV) para atender exclusivamente à difusão de determinada confissão religiosa. Todas deveriam ser igualmente universais, minimamente ecumênicas e ecléticas para nelas caber, em igualdade de condições, todas as crenças assim como as doutrinas seculares e agnósticas.E não é o que ocorre no nosso país pois, já existem 2 emissoras de TV voltadas para determinada religião,e agora estão querendo implantar a 3º.Assim o Estado brasileiro confronta aberta e cabalmente a Constituição que deveria regê-lo e insufla, com a sua complacência, uma disputa religiosa que num futuro não muito distante poderá produzir animosidades, intolerâncias, segregações e secessões irreparáveis.
Seria útil lembrar que a nossa televisão-estatal,privada ou confessional-situa-se num território público, democrático, indivisível e interditado ao loteamento e ao particularismo. Mesmo que a distribuição de privilégios & concessões pareça equilibrada e eqüidistante na esfera religiosa, ela confronta a cláusula pétrea da Lei Maior.
"Ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou convicção filosófica ou política".

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